Atividade - Gênero Textual - Crônica
Conteúdo do caderno do Aluno –Gênero
Textual- Crônica
A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem
por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura
agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se
identifica com as ações tomadas pelas personagens. Você já deve ter lido
algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do
mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e
aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o
cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
Leitura
e análise de texto
O padeiro
Levanto cedo,
faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta
do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro
de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”.
De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam
o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com
pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
— Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas .
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
— Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas .
— Rubem
Braga, no livro “Ai de ti, Copacabana”. Rio de Janeiro: Record, 2010.
1-
Com base na crônica lida , respondam: Quais as personagens
envolvidas? Qual o acontecimento narrado? Em que lugar ocorre? Quanto tempo se
passa?Que reflexão sobre o comportamento humano nos apresenta o narrador?
2-
Que imagem você formou do narrador da crônica O padeiro, quanto
à idade que ele tem e à forma como vê a vida? Que elementos do texto
contribuíram para formar essa imagem?
3-
Observe o primeiro
parágrafo da crônica: As expressões
abluções, suspenderam e dormido poderiam ser substituídas, sem
significativa perda de sentido, respectivamente por:
a) a) Rituais – elevaram – com sono.
b) b) Lavagens – proibiram – descansado.
c) c) Lavagens – levantaram – adormecido.
d) d) Rituais – ergueram – sossegado.
e) e) Lavagens- interromperam – de véspera.
4-
O uso do Presente do Indicativo, no
início do parágrafo, poderia sugerir uma rotina. No entanto, ocorre um fato que
nos mostra que o narrador não nos falará de uma rotina, mas de um acontecimento
importante no passado que ainda está muito presente em sua memória. Identifique
esse fato.
Leitura e análise de texto.
Do forno à mesa
Entradas, pratos
principais e sobremesas: tudo feito no forno. Além de práticas, essas receitas
são leves e muito saborosas
O cheirinho das ervas misturando-se ao da carne, o queijo se derretendo
para formar uma crosta delicada e crocante, o pão que ganha cor, o bolo que
cresce e enche a casa de carinho. Cozinhar no forno é hipnotizante. Pouco a
pouco, à medida que os aromas começam a dançar pelo ar, a gente se pega ali,
parada diante do visor, observando o efeito mágico do calor sobre os ingredientes.
Além de serem um convite aos sentidos, receitas de forno são excelentes
para quem busca praticidade: refeições completas podem ser feitas em um único
recipiente, não é preciso vigiar o prato o tempo todo, o risco de queimar é
consideravelmente menor. E ainda são mais saudáveis, já que, normalmente,
exigem menos óleo.
Se você é um piloto de primeira viagem, anote algumas dicas básicas:
respeite a temperatura indicada na receita, cubra carnes e aves com papel
alumínio para garantir o cozimento homogêneo, use o molho que se forma na
assadeira para regar o assado de tempos em tempos. De resto, tudo de que você
precisa são receitas incríveis. Bom apetite!
Romy
Aikawa. Revista “Todos – A vida é feita de histórias. Qual é a sua?”. São
Paulo: Mol. Abril/maio 2017, p. 42.
11- “[…] o
pão que ganha cor, o bolo que cresce e enche a casa de carinho.”. Identifique
os verbos que compõem essa parte do texto:
2-
Os verbos identificados na questão anterior estão no tempo:
a) futuro do
presente
b) pretérito perfeito
c) presente
d) pretérito
imperfeito
3- Assinale a frase em
que o verbo em destaque não foi empregado no sentido literal:
a) “[…] à medida que os aromas começam a dançar pelo
ar […]”
b) “[…] para quem busca praticidade […]”
c) “[…] o risco de queimar é consideravelmente
menor.”
d) “Se você é um piloto de primeira viagem
[…]”.
4- No
segmento “[…] use o molho que se forma na assadeira para regar o
assado de tempos em tempos.”, a preposição “para” mais o verbo no infinitivo
“regar” indicam a ideia de:
a) comparação
b) conclusão
c) causa
d) finalidade
5- Sublinhe os verbos presentes nas frases a seguir:
a) “[…] anote
algumas dicas básicas […]”
b) “[…]
respeite a temperatura […]”
c) “[…] cubra
carnes e aves com papel alumínio […]”
d) “[…] use o
molho […]”
6– Os verbos sublinhados nas frases acima estão no modo:
GABARITO:
Crônica: O
padeiro
3 – E
Texto: Do forno à mesa
2-C
3-A
4-D
5-
Anote, respeite, cubra e use
6-
Imperativo
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